24 de janeiro de 2010

Só um pensamento


Perco-me ao longe em pensamentos infortúnios sobre qual seria, então, a melhor maneira de persuadir-lhe o intento; na reflexão dos anos próximos percebo que seria em vão qualquer manejo à conquistá-la, não com antes, mas hoje.

Ignorando os erros furtivos do passado, os repito sem proeminência de dissuadir qualquer receio ou sub-incersao de acertos para proporcionar-te o agradável. Como quimeras jogadas ao lombo do quadrúpede; o fardo mundano nos obriga a sermos tão egoístas, presunçosos e pesados; ignoro por completo tais fardos e com isso persisto em acreditar que os outros, esses tantos, como você, que me rodeiam, também os ignorariam, tornando-se leves e sem quimeras. Livre de todo o material para o consumo próprio, apenas para compartilhar a quem julgamos gostar.

Não ouso propor a ti, muito menos a ti mesma, do que a qualquer outro ser, os meus pensamentos e o agir, não a culpo em nada, nem a coloco sobre meus julgamentos, sejam da natureza que forem, apenas prostro-me a trazer-lhe algo bom, tangível ou não.

Claro que não temos muito a compartilhar, mas o pouco que temos, já seria o bastante.

Sua perplexidade torna tudo tão absurdo. Tão fora de alcance, que já nem sei se você é mesmo essa pessoa confiante, amável que transparece o olhar.

Como muitos outros, à procura de estima e valores, “amor”... Então abuse das caricias e peripécias das paixões, palavras de afeto e gestos confiantes para quem procura.

-CLEMÊNCIA! Pura vaidade, abnegação sortida de caos.

O perjúrio dos infiéis aos seus queridos, rejeita toda troca, sinuosamente tênue, de regozijo e paz. –O que devo pensar, tão logo distante, então, da sua altivez contida e redundante? –O que pretendemos com tamanha benevolência impraticável; se não nos admirar apenas?

A coexistência, interdependência de simples conforto d’um leito envolto às mais finas sedas, seria como o revigorante abraço daquelas que amamos, ou pensamos isso. Mas não ouso expô-la à meus sórdidos e sombrios julgamentos do que e como ser. Apenas oprimo minhas estimas em falsas paixões... e cânticos.

Como poetas mortos, que não amam, que não sofrem, como aqueles que apenas existem para nos fazer rir.

Dentre tantos escritos, varios sonhos perdidos

dentre tantas esperaças, muitas palavras soltas

em meio a tanta amargura, uma paixão morrida....E um fardo inevitavel de carregar todos em minhas costas.